quarta-feira, 25 de julho de 2012

2ª MEIA MARATONA DA BAHIA

Completei minha 1ª Meia Maratona em menos de 2h30
Resultado do meu cronômetro:


Nro Nome Modalidade Categoria Tempo Pace TEMPO LIQUIDO RANKCAT RANKTOT RANKSEX
280
JOSÉ AMÂNCIO NETO
21K M6569 02:37:16 00:07:03 02:28:53 10 990 827
Resultado oficial. Conforme se observa, a diferença foi de apenas um segundo no tempo líquido, o que demonstra a eficiência do Garmin.

Esta foi a  35ª corrida, 7ª do ano de 2012, a qual entra na categoria das inesquecíveis, pois foi a MINHA PRIMEIRA MEIA MARATONA. Com direito a medalha e certificado.




A Meia Maratona Caixa da Bahia, integra o seleto ranking da Confederação Brasileira de Atletismo e faz parte do principal calendário de corridas de rua do país, o Circuito de Corridas Caixa, passando de prova regional para internacional, o que atrai atletas de ponta.

Todo o percurso das três provas (5 km, 10 km e 21 km) é 100% na orla, com largada e chegada no Jd dos Namorados, com os atletas correndo no sentido Itapuã.

Após fazer um sub-60 nos 10 km, na XXX Corrida Rústica Riachuelo, em junho, este foi mais um feito marcante em minha trajetória de corredor. Confesso que não foi tarefa fácil, sobretudo no meu caso: estou com 68 anos de idade, corro há menos de três anos e ainda carrego comigo alguns quilos de sobrepeso.

Cheguei no dia da corrida plenamente preparado e confiante, apesar de ter em mente que não devia forçar, pois meu objetivo com a prática desse esporte é antes de tudo cuidar de minha saúde. Não obstante, estava um pouco ansioso, tendo em vista se tratar de minha primeira experiência em prova de média distância.

Para minha satisfação, mais uma vez minha esposa Graciene me acompanhou e ainda tivemos a companhia de nossa querida amiga Dagmar Borges, mãe de meu genro Eduardo (Duda).

Após fazer a retirada do chip, sem nenhum atropelo, pois chegamos cedo, nos dirigimos para a tenda do Sport Run Club, já encontrando alguns dos amigos, presentes nesta foto.
Da esquerda para a direita: Ellen Morado, Palmira Farias, Pedro, Eu e Grace, Dagmar, Thiago, Luzia, Alex, Osvaldo, Nelson Trindade, Alzenir, Thaiane, Dielmo, Priscila e Rafael

Apesar de ter inscrito minha esposa na prova, a mesma não se dispôs a participar,  mesmo caminhando, mas vestiu a camisa para entrar no clima da festa. Como corri com a camisa do meu clube, o Sport Run, cedi a minha para Dagmar, de modo que as duas foram devidamente uniformizadas, conforme registrei nesta foto.
Dagmar, eu e Grace

 Saí então para fazer um breve aquecimento, ocasião que encontrei com alguns amigos e cumprimentamo-nos efusivamente, de modo que fiz questão de fazer as fotos abaixo com os mesmos.
 Amigos de Feira de Santana: José Vilton, sua esposa Luciana e a amiga Renata
 Amigos do Henc Club: Verônica e seu esposo Guilherme e Bruno Simoni
 Conterrânea Rose Melo e seu esposo Anderson
 Amigas Genilde e sua filha,  Rebeca Peleteiro
 Amigo Landeiro
 Colega e amigo Aliomar França
 Amiga Luciana Ramos, seu namorado Maurício, Ivone Teixeira e crianças!

Ainda tive a satisfação de me encontrar com Luiz Guilherme, neto de Dagmar, de modo que fiz questão de levá-lo à tenda para ver a avó e registrar nestas fotos.
 Luiz Guilherme e Dagmar
Com Luiz Guilherme, Dagmar e Grace

Antes da largada ainda houve tempo para mais algumas fotos com queridos amigos do Sport Run Club.
 Raymundo, sua esposa Katinha, Alzenir e Teresa Lage
 Com os maratonistas Fabiano Valente e Alfredo Silva
Com Carolina Gonzaga, Luzia e Amabel.

 Antes de decidir participar dessa minha 1ª Meia Maratona, conversei longamente com meus treinadores e amigos Dielmo, Danielmo e Priscila,  de modo que combinamos que o percurso seria dividido em três partes e cada um deles faria um trecho ( 7 km) comigo, apoiando-me e incentivando. 

Ocorre que, no dia do evento o treinador Danielmo amanheceu indisposto e não pode participar. Dessa forma, o treinador Dielmo se dispôs a fazer no mínimo 10 km, dizendo que iria até quando aguentasse, pois não havia treinado com tal objetivo.

Como sou o mais idoso entre todos os participantes do meu clube e com o meu exemplo procuro incentivar a aqueles que desejam melhorar a saúde, com a inclusão da corrida em suas vidas, sou alvo de manifestações de carinho, conforme se observa nesta postagem no blog do clube.

Fizemos um planejamento de manter um pace em torno de 7’ o km, principalmente no primeiro terço, deixando para aumentar o ritmo somente depois da metade da corrida e de acordo com minhas condições.

Além do treinador, tive a companhia das amigas Ellen Morado e Palmira Farias, que também estavam estreando nesse tipo de prova, bem como do colega Luís Brito, que tendo feito a Meia do Rio e sendo mais experiente e rápido, foi só para nos dar apoio.

Posicionamo-nos para a largada bem no final e não tivemos nenhum problema com a multidão que partiu na frente. Tínhamos a pista completamente livre. Seguimos juntos até o 3º km e a partir daí nos separamos de Palmira e Luis, que ficaram um pouco para trás. 

Continuamos com o nosso planejamento, recebendo muitos cumprimentos dos amigos e conhecidos que já estavam voltando, tanto da prova de 5 km como da de 10 km, passando por locais muitos conhecidos, pois é justamente onde treinamos nossos longões aos sábados.

Assim, fizemos os sete primeiros km em 48’, em ritmo muito confortável, chegando à terceira ponte. No 9º km estava o retorno e naquele momento o nosso tempo era de 1h2.  A esta altura já havíamos feito algumas ultrapassagens e quando isso acontecia sempre tirava alguma brincadeira, seja dizendo "Bôooora Bahêeeea" ou até sugerindo que fosse treinar com a gente no Sport Run Club! Também provocava os expectadores com o grito de guerra do Bahia, ora recebendo apoio e ora recebendo vaias. Estava me divertindo. 

Como corri com meu cinto de hidratação, levando quatro garrafinhas de 200 ml cada, sendo duas com água e duas com isotônico, nem me preocupei com os postos de hidratação e só peguei água para jogar na cabeça. 

Após o ponto de retorno, passamos para a pista do outro lado e seguimos direto até fazer um novo retorno, tendo oportunidade de cruzar com os corredores que estavam bem mais à frente. Em que pese esse vai e vem se tornar um pouco maçante, foi muito bom acenar para os amigos e em troca receber uma palavra de incentivo.

Foi nesse momento que encontramos com o amigo Eduardo Irving, que nos presenteou com esta foto. 

Atingimos o 10º km e toda hora eu perguntava a Dielmo se ele ia continuar, numa inversão de preocupação, do aluno para o professor! Ele seguia firme, sempre orientando, mostrando que àquela altura já estávamos divisando nosso horizonte e só bastava seguir em frente. 

E assim fizemos, eu, ele e Ellen. Palmira e Luis vinham um pouco atrás. Chegamos ao 14º km marcando em meu cronômetro exatos 96 minutos, o que nos dava uma folga considerável, para atingirmos nosso objetivo que era fazer o percurso em menos de 150 minutos (2h30).

Com o tempo exato de 1h52 atingimos o 16º km, mas constatei  que meu rendimento  diminuiu muito, certamente motivado pelo forte calor que já começava a fazer, uma vez que o relógio marcava 9h25 da manhã. 

Dielmo que ia fazer só 10 km já estava com 16 km e continuava disposto a ir em frente. Eu e Ellen não escondíamos o cansaço, que não havia água, nem isotônico que aliviasse. Não há como negar: a partir daí a prova foi ficando cada vez mais difícil. 

Eu que nunca senti câimbras em nenhuma corrida e nem sequer em treinamentos, na altura do 18º km minha panturrilha da perna esquerda sinalizou problemas e uma forte dor surgiu. Confesso: não é coisa boa. Tive que diminuir o ritmo consideravelmente. Com a orientação do treinador Dielmo e da treinadora Priscila Pereira, que já havia se juntado ao grupo de colegas que fizeram suas provas e retornaram para me acompanhar, (Anna Paula Garcia, Ana Clara Giffoni, Elvira Gonçalves, Delio Pinho e Nelson Trindade), fui administrando o problema, sem parar de correr, mesmo tendo sentido também na perna direita, em menor intensidade.

O que era trágico passou a ser motivo de brincadeira e agora relembrando não posso deixar de dar boas risadas! Lembro particularmente de Anna Paula e Priscila,  jogando água em minhas pernas e na cabeça, dizendo que aguentasse firme que já estava chegando. Elvira e Nelson também não poupavam palavras de incentivo. Foi uma batalha...

Não nego que foi uma sensação muito desconfortável! Só pensava que não conseguiria completar e na decepção que iria causar para as pessoas que estavam torcendo por mim. Bobagem pura, mas provavelmente é assim que todo corredor se sente numa hora desta.


Felizmente, quando cheguei ao 20º km a dor diminuiu e deu para imprimir um ritmo mais forte. Estávamos na altura do Jd de Alá, após subir aquela pequena elevação e já tendo o portal de chegada no campo da visão.  Aí observamos que o companheiro de clube Henrique ia passando pelo viaduto do Costa Azul, em passo muito lento, de modo que resolvemos aumentar o ritmo para acompanhá-lo e quando o alcançamos  ele disse que estava tendo problemas com o joelho. 


Mesmo assim decidiu se juntar a nós e alegremente nos aproximamos da linha de chegada, sob aplausos dos amigos do Sport Run Club e das poucas pessoas que ainda aguardavam os corredores, inclusive minha esposa Graciene, minha filha Stella, minhas netas Bianca e Marina, meu genro Eduardo e sua mãe Dagmar. 


Cruzamos a linha de chegada praticamente lado a lado, pois ele, com sua generosidade, deixou-me chegar um passo à frente e depois ainda fez a gentileza de tirar o chip de meu tênis. Muito obrigado companheiro!

O primeiro abraço que recebi foi de minhas netas, que surgiram repentinamente no espaço reservado para os corredores e grudaram no meu pescoço. Foi um momento muito especial, registrado na foto abaixo.

 Em seguida pedi para Marina tirar mais uma foto, na qual ainda se vê o suor escorrendo em meu rosto.


Missão cumprida! Com as graças de Nossa Senhora Aparecida, do Senhor do Bonfim e de nosso bondoso Deus, completei minha primeira Meia Maratona.

Fiz a entrega do chip, recebi a merecida medalha e retornei para a tenda do Sport Run, onde fui recebido com efusivos cumprimentos de todos que ainda estavam lá. Fotos abaixo. 




Momento muito especial, nesta foto com minha família.

Igualmente com a amiga Palmira Farias, companheira de treinos e de estréia na Meia Maratona.
Infelizmente a amiga Ellen Morado, também companheira de treinos e de estréia na Meia Maratona não pode esperar para os cumprimentos, mas sua foto não poderia deixar de fazer parte desta galeria.

Também não poderia deixar de fazer parte os treinadores Dielmo, Priscila e Danielmo, com os quais compartilho a medalha conquistada.

Compartilho também com as amigas Anna Paula e Eliana, parceiras dos treinos matinais.
Não poderia deixar de compartilhar também com meus instrutores da academia, Gerson e Gil.
E Emerson 

Minhas netas Bianca e Marina estavam se divertindo muito e quando pedi para tirar mais uma foto, elas pediram para eu morder a medalha, numa demostração de que a mesma foi conquistada "no dente". Ficou assim:

Não poderia deixar de fazer um agradecimento especial ao treinador Dielmo Noblat, que mesmo não tendo se preparado adequadamente para a prova não fraquejou em nenhum momento, tendo me acompanhado até o final, transmitindo energia positiva e me orientando nos momentos mais difíceis. Muito obrigado MESTRE!


Há 30 anos eu exercia o cargo de Gerente da Agência do BNB na cidade de Alagoinhas-BA., em cuja lotação tinha um funcionário que gostava de correr.  Seu nome: Norval Batista Cruz. Naquela época o que eu sabia de corrida era que no último dia do ano, exatamente na virada, se realizava a tradicional Corrida de São Silvestre. 

Eu gostava de ver aquela corrida e fazia questão de apressar os trabalhos do balanço para correr para casa, a tempo de assistir, naturalmente tomando meu uísque. 

Norval já era um grande corredor e por alguma razão me empenhei para conseguir o patrocínio do Banco do Nordeste para ele participar da São Silvestre, o que ocorrer na edição de 1983. Eu já gostava de corrida e não sabia! 

O Norval se tornou um dos maiores maratonistas bahianos. Atualmente reside em Fortaleza e é também um ultramaratonista. É dele a seguinte lição: O QUE EXAURE NÃO É A DISTÂNCIA E SIM O RITMO INADEQUADO QUE VOCÊ IMPRIME!

Grande Norval, que além de ultramaratonista é também triatleta e continua em ótima forma, como se vê na foto abaixo!(feita em 03/11/2012, próximo à Lagoa do Abaeté) Valeu mestre! Vou ter sempre em mente sua lição!

Até a próxima......

Para ver mais fotos acesse o link Álbum de Fotos
Veja também o texto sobre o assunto veiculado no Jornal Corrida