CORRIDA TRACK & FIELD SÉRIES SHOPPING SALVADOR

Esta foi a minha 25ª corrida oficial. Desde a 1ª em 14/01/2010, já corri um total de aproximadamente 177 km, em 1.145 minutos, 19 horas, a uma média de 6m46s por km.

Depois de ler alguns blogs relatando as corridas de seus donos, principalmente o do meu novo amigo Osmir Foltran, também corredor da terceira idade, residente em Piracicaba-Sp, dono do blog correreblogar.blogspot.com e que muito me incentivou, resolvi fazer algo parecido, para ter um registro e poder relembrar no futuro, cada uma delas com detalhes.

Não sou um expert em computador, de forma que este blog não será tão atraente como os que li. Contudo, me dispus a fazer sozinho, aprendendo, pois, na minha idade, aprender coisas novas, também é um desafio.

Correr é um desafio para qualquer um. Para um idoso é maior ainda. Eu venci este desafio e me tornei um corredor. Agora vou começar a relatar minhas corridas. VAMOS QUE VAMOS.

Corrida Track & Field Run Series – Salvador Shopping

Dia 30 de outubro de 2011, domingo, horário de verão. Acordei cedo como de costume. Como a distância de minha casa para o Shopping Salvador é de apenas 2,5km, resolvi ir andando. Assim, minha mulher ficou com o carro e pode ir para sua missa com tranquilidade. Também não precisei pedir emprestado o carro de minha filha. Saí de casa por volta de 6h.

Gastei pouco mais de 25 minutos. Fui um dos primeiros a chegar ao local e encontrei na tenda do meu clube Sport Run Club apenas os treinadores Dielmo e Danielmo. A treinadora Priscila chegou depois. Levei apenas minha inseparável máquina fotográfica, já que ia correr só 5 km e achei que não precisava levar Gatorade, como costumo fazer nas corridas de 10 km. Optei por fazer só 5 km, porque não acho agradável dar duas voltas no mesmo circuito.

Aos poucos foram chegando os amigos e amigas do clube (Luzia, Katinha e Raymundo, Alzenir, Marco, Raminho e sua esposa Guel, Cid, Henrique, Menezes e sua esposa, Lívia e Ricardo, Fernando, Délio e sua namorada Priscila, Celso, Ana e seu esposo, Elvira, Fabiano, Renata, etc. ), e já fui tirando algumas fotos. Depois fui dar uma circulada pelas tendas e aproveitei para cumprimentar os vários amigos de outros clubes, cuja maioria conheço das pistas, mas não sei ainda os nome. Meu cumprimento é o de sempre e já conhecido: BÔÔÔÔRA BAHÊÊÊÊÊAAA...

Nesse tempo aconteceu algo muito agradável. Fui reconhecido pela amiga do blog e do Facebook, Cris Heberle, uma gaúcha dona do blog Corridas Sem Limites, que estava com seu marido Oliveira. Ambos são corredores de ótimo nível. Registramos com fotos e prometemos nos encontrar em outras corridas.


Peguei o chip e voltei para a tenda. Encontrei ainda com Milena, ex- esposa do meu afilhado Ronaldo José e uma das filhas do colega do BNB, José Martinez.

Com a caminhada que fiz desde minha casa até o Shopping já fiquei bastante aquecido, de modo que estava pronto para o alongamento que foi feito com orientação da treinadora Priscila. Partimos então para a largada, que foi dada no horário previsto, ou seja, 8:00 horas.

Estava junto com Cid e Raminho, mas decidimos que cada um seguiria seu ritmo. Posicionamo-nos num local onde exalava um mau cheiro de lixo, de modo que procuramos nos colocar longe dali, até o odor desagradável desaparecer de nossas narinas! Foi um ponto negativo, principalmente para pessoas de outras cidades.

Havia planejado seguir um ritmo de 6.5 o km, monitorando a frequência entre 120/130, considerando que minha máxima é até 140. Logo no início passei pelo meu amigo Bruno Fraga e aproveitei para soltar o cumprimento: BÔÔÔRA BAÊÊÊA. A animação aumentou. Fiz o primeiro km em 6m14s. Como estava confortável, segui no mesmo ritmo e no segundo km cravei 6m12s. Fui ultrapassado pela amiga Rosemeiry Azevedo, que já foi do nosso clube e pelas amigas Elvira e Katinha, que correram “grudadas” e com as quais aproveitei para brincar dizendo: vocês não respeitam os idosos!

Cheguei então ao primeiro ponto de hidratação e aí aconteceu um “desastre”. Meu relógio do freqüêncímetro parou de funcionar inexplicavelmente. A tela ficou em branco. Como não gosto e não devo correr sem monitoramento, por recomendação de meu cardiologista, que além de tudo é meu filho, Dr. Mark Robson, quase entrei em pânico! Apertei várias vezes os botões de comando e, para minha surpresa, ele voltou a funcionar, partindo do zero.

Perdi segundos preciosos e além de tudo fiquei sem ter certeza do tempo exato. Como estava me sentindo muito bem, forcei o ritmo, colocando em prática uma tática que me passou pela cabeça testar, ou seja, dar tiros curtos, aguardar a frequência baixar e retomar. Funcionou e fiz algumas ultrapassagens. Até corri ao lado do nosso campeão Fabiano, que é um dos maratonistas do nosso clube e fazia o percurso de 10 km em ritmo moderado. Também corri um pouco ao lado do amigo Maurício (Mau Mau), que logo me deixou para trás.

Nem vi quando passei pelo 3º km. No segundo ponto de hidratação fiz uma constatação: É melhor pegar o copo dos últimos entregadores, pois nos primeiros a água geralmente vem quente.

No 4 ª km calculei que estava com um tempo em torno de 24 m, de modo que podia pensar em chegar com menos de 30 m. Começou uma agradabilíssima chuva que me permitiu aumentar o ritmo. Quando cruzei a linha de chegada, não me lembrei de olhar o cronômetro do portal do evento, de modo que fiquei na dúvida, mas na esperança de ter emplacado um sub 30. Só tive certeza quando recebi a mensagem em meu celular, me informando que meu tempo líquido foi de 00:29:39.1. Quando saiu o resultado no site da Track & Field, constatei que fui o 1º de minha categoria (65/69). MARAVILHA.....

Nro Nome Modalidade Categoria Tempo TEMPO LIQUIDO RANKTOT RANKCAT RANKSEX
765
JOSÉ AMANCIO NETO
5K M6569 00:30:17.5 00:29:39.1 240 1 186

Quando voltei para a tenda, já com a medalha no pescoço, a chuva engrossou, o que foi uma pena, pois não fiquei aguardando a chegada de meus amigos para aplaudir e tirar fotos como costumo fazer.

A chuva não parava, pelo contrário, só fazia aumentar e a turma ficava se “espremendo” na tenda. Resolvi então “tomar um banho de chuva”, para preocupação de Katinha e Alzenir, que me alertavam sob os riscos de pegar uma gripe. Tiramos algumas fotos, mas sem animação que marca os finais de corrida em nosso clube.

Luzia, que é a nossa corredora mais veloz, me disse que tinha chance de pódio nos 5 km, pois tinha feito algo em torno de 23 m. Ela de fato subiu ao pódio, para receber o troféu pelo 5º lugar. Infelizmente, por causa da chuva, vim para casa antes e não estava lá para fazer o registro em minha máquina. Uma pena! Ela me telefonou lamentando minha ausência. Perdão minha amiga!

Nas conversas posteriores entre corredores, ouvi o seguinte: Paulo, que conheço de outras corridas, dizia: corro para poder comer! Depois de toda corrida passo na Perini (Delicatessen famosa de Salvador) e levo para casa um lauto café da manhã....O outro, meu amigo Fraga, argumentava: é bom ter corrida toda semana, pois é um estímulo a mais para treinar. A gente termina uma corrida e já está pensando em se preparar para a outra! Concordo inteiramente com ambos, pois também como bastante depois de uma corrida e na segunda feira já estou treinando de novo.

É isso. Termino com a frase de autoria desconhecida e preferida da maioria dos corredores: “ CORRER CANSA, SOFÁ MATA”.

Este é o relato desta corrida. Outros virão. Aguardem-me.....

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