88ª SÃO SILVESTRE

UM SONHO REALIZADO

No último dia do ano de 2012 realizei um sonho, que foi participar da CORRIDA INTERNACIONAL DE SÃO SILVESTRE na cidade de São Paulo.

Essa corrida de fato dispensa apresentação, pois não há um só amante dessa prática esportiva que não tenha ouvido falar sobre sua magnitude. Comigo não poderia ser diferente. Mesmo já tendo corrido duas meias maratonas, a da Bahia e a Farol a Farol e feito um sub-60 nos 10 km, meus amigos, principalmente os não corredores, invariavelmente perguntavam: “Quando vai correr a São Silvestre”?

A São Silvestre é uma corrida mítica, a mais famosa do pais e eu sonhava fazê-la. Pelo que me lembro, comecei a assisti-la desde a 1ª vez que a mesma foi transmitida pela TV, ou a partir do ano que adquiri meu primeiro aparelho, nos idos de 1972, quando residia na cidade de Sobral no Ceará. Naquela época nem sonhava em me tornar um corredor, quanto mais fazer parte daquela festa que me encantava. 

Mas, o mundo dá muitas voltas e na 88ª São Silvestre eu conquistei minha 38º medalha, que vou guardar com muito orgulho por toda minha vida.

Além da medalha também ganhei a linda camisa do evento, que igualmente vou guardar como recordação.

Meu tempo líquido na prova foi de 02:04:05, mas não me importei nem um pouco, pois corri exatamente como pretendia, tirando fotos e cumprimentando as pessoas, tanto as que estavam correndo como as que estavam assistindo e aplaudindo.

LISTAGEM EXTRA OFICIAL (PARA CONFERÊNCIA DE TEMPO) EVENTO: CORRIDA INTERNACIONAL DE SÃO SILVESTRE - CORRIDA 15 KM RELATÓRIO: RESULTADO PELO Nº DE PEITO - CLASSIFICAÇÃO GERAL (SUJEITO A ALTERAÇÃO) ENCONTRADOS: 1 RESULTADO(S)

CLASSIFICAÇÃOO NUM ATLETA IDADE FX.ET. CL.F.E EQUIPE TEMPO TEMPO LÍQUIDO 14800º 4477 JOSE AMANCIO NETO 68 M6569 350 SPORT RUN CLUB 02:19:37 02:04:05

 

Apesar de me encontrar devidamente preparado, pois treinei com afinco nos 60 dias que antecederam a prova, optei por fazer uma corrida em ritmo moderado, o que me possibilitou concluí-la sem nenhum desgaste e chegar à Av. Paulista muito tranquilo.

A organização do evento para mim foi impecável, a começar pela entrega do kit e teste do chip, o que ocorreu no Parque do Ibirapuera, sem nenhum atropelo, tendo tirado as fotos abaixo para registrar.

A viagem para São Paulo foi feita em companhia de minha esposa Graciene Amâncio e da amiga Dagmar Borges, mãe de meu genro Eduardo. É importante dizer que sempre contei com as bênçãos do Senhor do Bonfim, cuja Igreja fui visitar mais uma vez, no dia que antecedeu minha viagem, para fazer meus agradecimentos. 

Também não poderia deixar de agradecer a Mãe Aparecida, de modo que planejei fazer uma visita ao seu Santuário. No dia 28 de dezembro, cumpri essa missão. 

No mesmo dia ainda tive a oportunidade de visitar a cidade de Cachoeira Paulista e conhecer a majestosa Canção Nova. 

Planejei também assistir à missa com o Padre Marcelo Rossi, do qual sou admirador, no novo Santuário Mãe de Deus,  dia 30, tudo em companhia de minha esposa Graciene Amâncio e da amiga Dagmar Borges. 

Foram momentos extremamente gratificantes e que denominei Circuito Religioso Pré-São Silvestre. 

Além de meu genro Eduardo (Duda) o seu irmão Luciano também foi  participar da prova. Na véspera, ou seja no dia 30/12,  fizemos uma visita à Av. Paulista, cujo registro foi feito nestas fotos.

 Com minha esposa Graciene Amâncio

 Graciene Amâncio e os Borges: Duda, Dagmar e Luciano

 Graciene na Av. Paulista

 Pórtico da largada

 

Na hora do café da manhã no dia 31, no hotel Interative Inn, tive a satisfação de conhecer alguns corredores, entre eles João Acácio Costa, que demonstrou ser um grande filósofo e que me corrigiu quando disse que "troquei o vício da bebida pelo vicío da corrida" dizendo: "beber é um vício, correr é prazer". 

Saímos do hotel muito cedo, mas antes aproveitamos para fazer estas fotos.

 Com Luciano e Eduardo Borges e abaixo a bandeira do meu glorioso Bahia.

Chegamos à Paulista muito cedo, mas já encontramos alguns corredores. A emoção de estar ali era muito grande. 

Aproveitei então para confraternizar com os vários tipos exóticos, que se divertiam exibindo suas fantasias exuberantes, como é tradição na famosa corrida. Ei-los:

Pernambucano  Oresto Batista homenageando Luiz Gonzaga

 O ecologista

 Manoel da Silva, o conhecido Zaguinha, Rei das Embaixadas e sua homenagem a Nossa Senhora Aparecida

 O Garçon

 O Centurião

 Os Paraíbas e abaixo Charles Chaplin

Os momentos que antecedem a corrida são realmente muito agradáveis, pois é quando se tem oportunidade de conhecer corredores de várias partes do país e, no meu caso, aproveitei muito bem, inclusive tive a imensa satisfação de conhecer pessoalmente a amiga blogueira Eliete Sobral, a famosa Corredora Feliz, juntamente com sua simpaticíssima família.

 Cleber, Eliete e seu esposo Jesus. Abaixo exibindo a bandeira do Bahia.

 Ainda tive tempo de confraternizar com outros corredores, inclusive pessoas totalmente desconhecidas, que naquele momento pareciam que já eramos amigos de longas datas.

Tive oportunidade também de encontrar alguns bahianos, velhos conhecidos de corridas em Salvador.

 Senhora Tomiko, com seus 86 anos

Julio César de Barcelos Coelho, filha e esposa e Eustáquio Wagner da Silva. Simpáticos brasilienses.

Com Fernando Barbosa e as meninas da Subway

Corredor bahiano, Antônio Alves Leite

Outro bahiano, Cláudio dos Santos Matos

Um tricolor e torcedor do Fortaleza, que se juntou a mim e Claúdio, tricolores bahianos

Meu genro Eduardo, Cláudio e David, o famoso enfermeiro de Camacan.

Já estava bem próximo da hora da largada. A multidão tomava todos os espaços. A Avenida Paulista fervilhava. Felizmente o tempo ajudou, pois não choveu como era esperado e a temperatura estava amena.

Eu estava aí!!!

Fotos de Marcus Pinguim

Eu e meu genro Duda seguimos juntos, mas seu irmão Luciano partiu na frente. Do local onde estávamos até passarmos pelo pórtico demorou exatos 15 minutos. Começou a corrida de fato e já fui  tirando a primeira foto, que se vê abaixo.

Esta bela imagem da entrada do túnel José Roberto Fanganiello Melhem, com a platéia aplaudindo do alto, foi inesquecível.

Não resisti e passei à frente para fazer uma foto de meu genro e em seguida ele fez uma minha.

Veio então a descida da Av. Pacaembu, onde houve um certo perigo pois muitos atletas aproveitaram para fazer ultrapassagens, mas a imagem é muito bonita. Infelizmente foi neste local que ocorreu o trágico acidente com o cadeirante Israel Cruz, que veio a falecer, fato que só tomei conhecimento no dia seguinte. Muito lamentável!

Eu e Duda seguimos conforme planejamos, num pace acima de 7m o km, de modo que fomos ultrapassados por alguns, mas nem por isso nos incomodamos e continuamos nos divertindo, ecoando o meu "Bôooora Bahêeeea", infelizmente muito pouco respondido, face a total inexistência de bahianos na área! e continuei tirando fotos.

A subida do viaduto Eng. Orlando Murgel foi um dos pontos mais difíceis, pois além de ser elevada,  não tinha qualquer tipo de sombra e já estávamos em mais da metade da prova. Mesmo assim, "tiramos de letra" e ainda fiz estas fotos.

Estas jovens que correram "na pipoca", se divertiram muito!

A parte de hidratação foi boa, mas em nenhum momento encontramos água gelada. Apenas fria. Também, quando passamos pelo primeiro posto de Gatorade já não havia mais o produto, o que deixou muitos corredores decepcionados, mas não me fez falta,  pois levei o meu! Felizmente no segundo posto ainda tinha, mas nem me interessei em pegar.

A corrida continuou tranquila na passagem pelo centro velho de São Paulo, Av. Rio Branco, Largo do Arouche, Av. Ipiranga e São João e Rua Líbero Badaró. Eis as fotos.

A esta altura a bateria de minha máquina deu sinais de que estava acabando, de modo que tive que "economizar" para poder tirar a indispensável foto da chegada.

Veio então a temida Av. Brigadeiro, que tem uma extensão de quase 2 km,  mas posso assegurar que não é "o bicho que se pinta", pois sua elevação não é acentuada. O que ocorre é que, como geralmente os corredores já chegam muito cansados, a mesma de fato se torna  muito difícil para os mesmos, o que não foi o meu  caso nem de Duda.

Na subida da Brigadeiro, quando ecoei mais uma vez meu "Bôoooora Bahêeeeea" tive a satisfação de ouvir uma resposta, que veio do torcedor tricolor Pablo Lopes Gois, que é da cidade de Alagoinhas, onde morei por 5 anos. O mesmo conhece meus filhos Mark Robson e Frank Sérgio. Mundo pequeno!

Finalmente fizemos a curva que dá acesso a Av. Paulista. Neste momento a satisfação foi enorme. Entramos na Avenida triunfantes, como registrados nestas fotos.

Cruzamos o pórtico da chegada com o tempo de 02:04:15 registrado em meu Garmin, portanto idêntico ao da organização, mas o percurso real foi de 15.310 km.

Daí em diante foi só comemoração. 
 

Estas fotos foram feitas pelo simpático casal Marcos Ferraz Rezende e Aline Liao, ao qual agradeço postando aqui a foto deles.

Depois de pegarmos nossas merecidas medalhas e o kit lanche,  encontramos com Pablo e posamos para estas significativas fotos.

Finalmente reencontramos com Luciano, que fez o excelente tempo líquido de 01:41:52, o qual está de parabéns.

Felizes retornamos ao hotel, onde recebi os cumprimentos de minha esposa Graciene Amâncio e da amiga Dagmar Borges.

Depois vesti a camisa do evento e "desfilei" orgulhoso!!!

 

Duda também recebeu o abraço afetuoso de sua mãe Dagmar.

De volta para casa.

Novamente em solo bahiano, com as bençãos do Senhor do Bonfim.

Esta é minha 38º medalha, a mais significativa nesses 3 anos 4 meses dedicados ao maravilhoso esporte que é CORRIDA DE RUA.

Agradecimentos:

Aos meus treinadores Dielmo e Priscila.

E também Danielmo

Aos amigos do Sport Run Club, com os quais treinei em várias oportunidades.

Ao maravilhoso Senhor do Bonfim:

À querida Mãe Aparecida

E, finalmente, ao nosso bom Deus, para quem nada é impossível.....