50ª prova, 53 medalhas e 5 anos sem bebida.
53ª medalha
Camisa do evento.
APÓS participar da IV MEIA
MARATONA IGUATEMI FAROL A FAROL, no dia 13 de outubro de 2013, completei um
total de 50 corridas oficiais, que começou com a Corrida Sagrada no dia 14 de janeiro de 2010.
Na mesma semana, no dia 11 de
outubro de 2013, completei exatos cinco anos que parei de ingerir bebidas alcoólicas. Comemoro isso diariamente e agradeço a Deus a benção que me foi concedida,
permitindo-me encontrar na prática da corrida de rua, uma forma de esquecer
completamente um vício tão pernicioso para a saúde.
A Meia Maratona Iguatemi Farol a
Farol é toda realizada na maravilhosa orla da cidade de Salvador, um percurso muito prazeroso para o corredor, que durante todo o trajeto desfruta de um visual muito agradável, portanto ideal para celebrar
essas efemérides tão importantes em minha vida.
Como já havia participado da edição do ano passado, conheço
muito bem o percurso, me senti completamente à vontade e seguro de
fazer uma prova com toda tranquilidade e as condições climáticas do dia estavam
extremamente favoráveis.
Cheguei cedo à Itapoã, pois minha filha Tâmara foi me levar. Por sinal, era véspera de seu aniversário de 29 anos. Ei-la:
Logo na chegada encontrei o amigo Celson Amorim, que conheci quando atuamos como voluntários da Copa das Confederações Fifa 2013.
Celson e seu treinador (abaixo)
Gosto de chegar cedo, justamente para encontrar com os amigos, que é um dos momentos mais agradáveis no mundo das corridas. Assim, os encontros foram acontecendo e registrados.
Maratonista Samuel Moreira
Com Flávio
Valdir Machado e Manoel Alves
Luis Cláudio e Valdir Machado
Manoel Alves, Ruy Micucci e Valdir Machado
Claúdio Marcelo
Bruno Simoni
Paulo Roberto e Valdir Machado, amigos de Alagoinhas
Antônio Menezes e Luis Cláudio
Sandro, genro de Valdir Machado
Julia Souza, Ellen Morado e Alzenir Barreto
Katia Maltez e Alzenir Barreto
Cristiana Dias e Thais Romeu
Bruno Fraga, Alzenir, Edmundo Fraga e Luciano Freitas
Bruno Fraga, Ellen Morado, Edmundo Fraga e Alzenir
César Dantas e Maria Zoraide
Antônio Crispim
Jilvan Batista e Maria Zoraide, amigos de Sergipe
Ivan Barata e Everaldo Pereira
Thiago Figueira, Cláudia Paim, Quesy Pimenta, Alzenir, Celso Nascimento, Palmira Farias, Valmir Landulfo e Katia Maltez.
Thais Romeu, Cristiane da Silva, Lígia da Silva, Emerson Santana, Samuel Moreira e Cristiana Dias.
Tudo pronto para a largada, que ocorreu às 7 horas e, para alegria de todos, a temperatura
estava bem amena, inclusive caiu uma leve chuva. Melhor não poderia ser.
O astro rei resolveu cooperar. Salvador é assim.
Posicionei-me atrás, juntamente com Cristiana e Thais. Partimos.
Fiz um planejamento de iniciar
num ritmo bastante leve, próximo de 8 minutos o km e só aumentar quando
estivesse bem aquecido. Assim foi, de modo que completei o primeiro quarto da
prova em aproximadamente 38 minutos. Tomaz Neto e amiga Vânia Alecrim (que este ano não participou) fizeram estas fotos.
Ainda em Itapoã. Tranquilidade absoluta (foto Tomaz Neto).
Praia do Corsário (foto de Tomaz Neto)
Aeroclube, 7 km. (foto de Vânia Alecrim)
Vamos que vamos (foto de Vânia Alecrim).
A partir daí aumentei o ritmo
para 6:30 o km, que me permitiu chegar aos 10 km com 71 minutos. Pela primeira
vez fiz uma “meia” sozinho, sem me preocupar em segurar o passo para ficar com
algum amigo ou ter que acelerar para acompanhar. Queria fazer “a minha prova” e
ver se conseguia um RP.
Fotos de "olho do atleta" (acima e abaixo)
Pelo tempo que fiz os 10 km, vi
que se não acelerasse mais, não tinha como melhorar meu RP, que era de 2h25min
na edição passada. Acontece que justamente a esta altura, o sol começou a
brilhar timidamente e a temperatura subiu para próximo dos 28 graus. Mesmo
assim não diminuí o ritmo e cheguei aos 15 km com 104 minutos, RP para esta
distância. Imaginei que se continuasse no mesmo ritmo seria possível conseguir
meu objetivo até com certa folga e, quem sabe, abaixo de 2h20min.
Praça Nossa Senhora da Luz, 12 km. Estava muito bem (fotos do casal de amigos Roque Bilitário e Albertina, acima).
Largo da Mariquita, Rio Vermelho, 16 km. Bem tranquilo (fotos do treinador Dielmo Noblat, abaixo).
Continuei correndo forte até o
18º km, que atingi com 122 minutos. Aí aconteceu o pior. Senti uma fisgada na
panturrilha da perna esquerda e constatei que era uma “bendita” câimbra. A tristeza
me invadiu, pois a síndrome do 18º km estava me perseguindo, já que foi
exatamente nessa distância que “quebrei” por causa de câimbras na minha 1ª
Meia Maratona e também na 30ª
Corrida cidade de Aracaju.
Depois de ler o texto de Roberta
Palma no Jornal Corrida, veiculado no dia 07 último, com o título Guerreiros
Anônimos, relativo à Maratona de São Paulo, me ocorreu que também poderia tentar
fazer alguma coisa por outros corredores da meia maratona, caso houvesse
necessidade, de modo que decidi levar comigo uma pequena embalagem de
Salicilato de Metila, o velho conhecido Gelol.
Foto de "Olho do atleta"
Só pode ter sido milagre, haja
vista que naquele momento era o que eu mais precisava. Assim, borrifei o
remédio algumas vezes na panturrilha e a dor aliviou. Contudo, não havia como
manter o mesmo ritmo, pois o medo de “travar” tomou conta de mim. Infelizmente
eu estava certo, uma vez que minutos depois a dor voltou. Novas borrifadas,
novo alívio, mas ainda tinha surpresa: comecei a sentir também na panturrilha
da outra perna.
Faltavam pouco mais de 2 km e a
pequena elevação de Ondina, que não chega a ser uma ladeira de verdade, nas minhas
condições assustava. Parei para borrifar as duas pernas umas três vezes. A esta
altura já havia perdido quase 10 minutos e o RP tinha “ido para o espaço”.
Agora a preocupação era se eu conseguiria chegar. Surgiu então um corredor com
o mesmo problema (Ielmir Ferreira da Cruz) e tive então a única oportunidade de ajudar. Depois seguimos
juntos, ambos capengando (fotos abaixo, gentileza dos amigos do Alta Velocidade)
Quando cheguei ao morro do
Cristo, faltando um km, já estava com 2h25min. A esta altura, nem abaixo de
2h30min eu conseguiria chegar. Não havia mais nada que eu pudesse fazer. Enfim,
cruzei o pórtico de chegada (quase ao lado de Ielmir) com o tempo bruto de 2:34:12 e líquido de 02:32:24. Pela primeira vez minha chegada foi filmada, por gentileza da treinadora e amiga Priscila Pereira. Acesse o link para ver.
Recebi minha merecida medalha e comemorei.
Cabeça de corredor é
impressionante. Depois de ter feito 49 corridas, reconheço que fiz bobagem. Logo
eu que vivia alardeando que corria sem me preocupar com tempo, desta vez achei
de “inventar” essa história de RP! Iniciei muito leve e depois forcei. Deu no que
deu. Espero ter aprendido.
Percalços à parte, no geral foi uma corrida maravilhosa. O reencontro com os amigos, inclusive
de outras cidades, as brincadeiras durante o trajeto com corredores (as)
desconhecidos (as), quando em alguns momentos brinquei, ora correndo na frente
dizendo que era o “coelho” e ora reduzindo para dar força aos que já
demonstravam algum cansaço. Uma festa! Eis os registros.
Casal de amigos Cleber de Jesus e Luciana Figueiredo
Carolina Gonzaga, Cristiana Dias e Thais Romeu
Thais Romeu e Cristiana Dias
Cristiana Silva Gonzaga e Carolina Gonzaga
Amigos Lucas e Dart Andrade
Berilo Junior
Thais Romeu, Berilo Junior e Cristiana Dias.
Colega do BNB, Eliseu Norberto e o atleta Jenisson Melo
Atleta sergipano Jenisson Melo, que usa o nome de sua terra natal, Itabi, na sua página do Facebook. Fez o tempo líquido de 01:22:44 e se classificou em 17º lugar no geral masculino e 6º lugar em sua categoria. Um verdadeiro campeão ao qual parabenizo.
Amigos de Aracaju, Sergipe: Renata Mann, Eliseu Norberto, Anselmo Rodrigues, Jenisson e Jorge Luiz.
Adriano Marcos
..., Ronaldo Martins e Alexandre Huang
Galera do Sport Run Club
Joelma Rocha
Casal Bruno Fraga e Cristiane e Edmundo fraga.
Amigos dos treinos matinais ("tiradores de leite"): Raminho, Claúdia, treinador Danielmo e Eliana.
Amigos dos treinos matinais ("tiradores de leite"): Raminho, Claúdia, treinador Danielmo e Eliana.
Cada
corrida tem sua história. Esta foi minha 50ª e precisava deixar um forte marca. Marcou mesmo!
Até breve....
Belo relato, amigo!
ResponderExcluirBelo relato Amâncio, tenho certeza que não foi desta vez o RP mas será na próxima
ResponderExcluirEstas coisas ocorrem. Eu também esperava chegar melhor do que cheguei, mas fazer o que? aguardar até o ano que vem
Abração e obrigada pela foto
O Senhor eh um exemplo para todos.... a narrativa esta perfeita.
ResponderExcluirFico muito feliz quando cruzo com o senhor pelos nossos treinos e minhas corridinhas mixurucas....
Quem venham mais e mais!!!